A nostalgia e os novos começos

Eu nasci numa cidadezinha no interior do estado do Rio de Janeiro – em Santa  Maria Madalena. Dizem que é o 3º melhor clima do Brasil! É o que dizem! rs

Essa foto aí é da chácara onde meus pais e avós moravam quando eu nasci.
Um lugar lindo, no alto de um morro com vista para o centro da cidade. Lá era cheio de árvores frutíferas onde eu passava horas brincando de balançar.
Lembro que eu corria muito, andava descalça e sentava no chão. Escorregava na lama, rasgava minhas roupas, comia verdura da horta, brincava de pique-esconde, plantava coisas, tinha coelhos, tartaruga e levava meus amigos para brincar.
Hoje me lembrei disso porque tenho dois filhos ainda pequenos e fico pensando em como oferecer a eles a qualidade de vida que eu tive naquele tempo.
Não moramos mais em Madalena, porque nos mudamos para Macaé, uma cidade maior, que gira em torno da produção de Petróleo, onde muitas pessoas trabalham embarcadas em plataformas, com uma qualidade de vida muito distante da ideal. Ok! Temos praia e serra. Mas agora somos adultos cheios de responsabilidade e o paraíso não fica mais no quintal da nossa casa. O esforço tem que ser dobrado e convenhamos que o deslocamento com duas crianças não é um mar de rosas.
Meu quintal é grande, mas todo de concreto e garanto que não existem  árvores nem frutas. Pelo menos temos um labrador! 🙂
Tenho registrado na memória momentos perfeitos da minha infância e fico pensando se seria paranóia da minha parte desejar isso para meus filhos também. Eu não quero vê-los crescendo apenas envolvidos com essa era tecnológica, que é importante, mas não pode ser fonte exclusiva de conhecimento e prazer.
Eu desejo profundamente vê-los em contato com a natureza, conectados com Deus através dela e que valorizem todas as maravilhas criadas por Ele. Desejo que conheçam e experimentem os dois universos e tenham a possibilidade de escolher o que há de melhor em cada um deles.
Não quero encher a casa de brinquedos cada vez mais complexos e tecnológicos que acabam isolando as crianças uma das outras só porque dá menos trabalho pra mim.
Sim, é claro que sair com as crianças, fazer um pic-nic, passar o dia no zoológico ou num parque, levá-los até uma cachoeira, dá muito mais trabalho. É preciso dispensar tempo e até dinheiro.
Mas quer saber? Considero um ótimo investimento! Voltar à nossa essência, dar valor às coisas naturais e ensiná-los a ver a beleza das coisas simples é possível sim. E a resposta para a pergunta que eu fiz lá em cima é: Só depende de mim!
Mas essa nostalgia somada às possibilidades de novos começos que a vida nos dá,  como a de estar publicando hoje no blog do Recanto das Mamães Blogueiras , me enchem de esperança de que nós vamos conseguir!
Ah! Um sonho? Comprar uma casa na roça.
Mas isso já é uma ooooutra história… rs

Camila Vaz
Twitter: @milacostavaz

3 comentários sobre “A nostalgia e os novos começos

  1. Ahhh que delícia…as vezes me pego pensando nisso, se o Dam vai chupar cana recém colhida, sentir o cheiro de terra molhada ou só vai conhecer isso por foto e achar esquisito. lindo post to indo no recanto dar uma bisbilhotada…

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